"Ser poeta não é ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho"
(Alberto Caeiro)

sexta-feira, 25 de julho de 2014

A cidade e o mar



Eu preciso da poesia desse lugar
O inverossímel caso de amor entre uma cidade e o mar

Amanhecer e ouvir o mar pela janela
Anoitecer e ter o mar na porta, à minha espera

Ver as flores do balcão
Quando no mar elas caem e vão

Aqui o mar é amigo e em sua sina
Vai salutando as pontes que surgem a cada esquina

Dos seus amores mascarados, segredos,
A água levou tudo, pra trás só histórias, enredos

E como a própria vida,
A cidade afunda de mansinho
Sem fazer caso, sem fazer alarde
Vai buscar o que todos buscamos
Um azul infinito pra descansar na eternidade

Ítalo

Veneza, Junho 2014

Imagem - arquivo pessoal

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Mundo deslocado

Um mundo d'água cai lá fora
Cá dentro, permaneço indiferente
Pois desde que você foi embora
Vejo o mundo deslocado, desabado, reticente...

Ítalo
Bologna, Julho 2014