Eu preciso da poesia desse lugar
O inverossímel caso de amor entre uma cidade e o mar
Amanhecer e ouvir o mar pela janela
Anoitecer e ter o mar na porta, à minha espera
Ver as flores do balcão
Quando no mar elas caem e vão
Aqui o mar é amigo e em sua sina
Vai salutando as pontes que surgem a cada esquina
Dos seus amores mascarados, segredos,
A água levou tudo, pra trás só histórias, enredos
E como a própria vida,
A cidade afunda de mansinho
Sem fazer caso, sem fazer alarde
Vai buscar o que todos buscamos
Um azul infinito pra descansar na eternidade
Ítalo
Veneza, Junho 2014
Imagem - arquivo pessoal